Quatro tenentes-coronéis da Renamo, juntamente com uma alta patente dissidente do partido, Vitano Singano, tomaram a iniciativa de reactivar a base de Chicuacha em Sofala, anteriormente encerrada no âmbito do processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR).
Segundo eles, a motivação por trás dessa acção é a insatisfação com a liderança de Ossufo Momade, alegando que ele não está seguindo os princípios deixados pelo falecido líder do partido, Afonso Dhlakama. Eles afirmam que muitos militares da Renamo compartilham dessa insatisfação com Momade.
Um dos tenentes-coronéis foi além, acusando Momade de "vender" o partido Renamo, enquanto outro denunciou o suposto desvio de fundos destinados aos militares para outros fins, como a construção de fábricas e a compra de carros. Eles alegam que o pouco dinheiro que recebem é retirado dos lucros dessas actividades, acusando o partido de usar recursos que deveriam ser destinados aos militares para sustentar as suas próprias famílias.
Apesar das críticas à liderança de Momade, militares afirmam que por não ser militar não podem apoiar o Engenheiro Venâncio Mondlane para a presidência do partido. Nesse contexto, destacam Elias Dhlakama, irmão de Afonso Dhlakama, como uma opção viável e próxima à liderança, apelando aos participantes do próximo congresso do partido para elegerem Elias e alertando sobre as consequências de manter Momade no poder.(T.Sucesso).