Escritora Paulina Chiziane Recebe Prêmio de Responsabilidade Social da Forbes Lusófona em Angola

A renomada escritora moçambicana Paulina Chiziane foi honrada com o prestigiado Prêmio de Responsabilidade Social pela Forbes Lusófona em Angola, em reconhecimento à sua significativa contribuição para a preservação e promoção das raízes africanas.


Durante sua emocionante intervenção, Chiziane instigou a reflexão ao questionar: "Onde estão aquelas empresárias da família africana? Só são empresárias aquelas que falam português? Aquelas que frequentaram a escola... e aquelas que trabalham diariamente pelo continente, onde estão?". Suas palavras ecoaram o apelo por inclusão e reconhecimento das verdadeiras heroínas africanas, as mães genuínas que defendem incansavelmente o continente africano.

Expressando sua frustração com a situação das mulheres em Moçambique, Chiziane destacou os desafios enfrentados por aquelas que se dedicam ao comércio nas ruas, muitas vezes sendo alvo de repreensão policial. Ela expressou sua esperança de que essa realidade seja diferente em Angola, país anfitrião do evento.

Ao desafiar a narrativa convencional sobre o papel das mulheres africanas na sociedade, Chiziane criticou vigorosamente as instituições bancárias por seu tratamento discriminatório. Ela denunciou a disparidade na concessão de financiamento, destacando que as mulheres negras educadas são favorecidas em detrimento das empresárias sociais que verdadeiramente carregam o continente africano em seus ombros.

Chiziane enfatizou a importância de uma consciência histórica e cultural entre os africanos, exortando o respeito pelo legado e lugar do continente. Ela desafiou a definição de "empoderamento", questionando se comprar cabelo e adotar línguas estrangeiras são indicadores de poder, enquanto as verdadeiras poderosas são aquelas que moldaram gerações e ergueram o continente.

Com sua mensagem provocativa e incisiva, Paulina Chiziane inspirou uma reflexão profunda sobre a verdadeira essência do empoderamento feminino e a importância de reconhecer e honrar as mulheres africanas em sua totalidade.

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