MEMBROS E SIMPATIZANTES DA RENAMO MARCHAM CONTRA OSSUFO MOMADE, EM QUELIMANE

Ontem, membros e simpatizantes do partido Renamo, na cidade de Quelimane, saíram às ruas em protesto contra as decisões tomadas durante o recente congresso de formação política, realizado no Alto Molócuè, na província da Zambézia.

O congresso, que decorreu nos dias 15 e 16 de maio, reconduziu Ossufo Momade à presidência do partido com 383 dos 674 votos dos delegados. Esta decisão gerou controvérsia e descontentamento entre muitos membros da Renamo, que questionaram a legitimidade do processo.

Os manifestantes alegaram que o congresso foi manipulado e que os resultados não refletem a verdadeira vontade dos membros do partido. "O nosso candidato não é Ossufo Momade. Aquele congresso foi comercial. Os votos não vieram dos membros da Renamo. Podemos dizer que o congresso foi organizado e armadilhado", acusaram algumas simpatizantes durante a marcha.

Os protestantes também destacaram episódios de violência e exclusões ocorridas durante o congresso. "Não entendemos os porquês da agressividade que houve naquele encontro. Até o presidente do Município, Manuel de Araújo, foi agredido. O mesmo que aconteceu com Venâncio Mondlane, que foi impedido de participar no congresso por razões que não estão claras", lamentou um dos membros. 

“Acreditamos que houve um sistema montado para impedir a participação daqueles que são os compensadores para a libertação da nação moçambicana”, acrescentou.

Sem poder decisório, os membros afirmam que continuarão com as marchas e ações de repudio até que o partido revise as decisões tomadas no congresso.

Movimentos semelhantes têm sido observados em outras partes do país. Segundo informações do jornal "O País", grupos em Maputo e Chiúre, na província de Cabo Delgado, também estão a organizar marchas contra o congresso da Renamo.(O país)

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