Segundo informações do Jornal Canal de Moçambique, a sessão do Comitê Central está se transformando em uma verdadeira novela mexicana, com reviravoltas que parecem impossíveis se tornando realidade. Inicialmente, estava previsto que a Comissão Política apresentasse uma nova lista para atender às preferências do Comitê Central. Contudo, o grupo Nyusi se recusa a aceitar essa prerrogativa, argumentando que o Comitê Central deve apenas votar, e não propor, mesmo que discorde das propostas da Comissão Política.
O Comitê Central argumenta que Luísa Diogo entrou na corrida presidencial em 2014 sob essas condições. No entanto, o grupo Nyusi contesta que isso não está previsto nos estatutos e foi um acordo feito pela Comissão Política de Armando Guebuza para evitar confrontos.
Em vez de apresentar os nomes propostos pelo Comitê Central, Filipe Nyusi optou por incluir nomes ainda mais controversos na lista de Roque Silva. Entre eles estão Esperança Bias, Presidente do Parlamento, e Francisco Mucanheia, um de seus conselheiros. Essa decisão irritou ainda mais o Comitê Central, que vê a atitude de Nyusi como uma afronta.
Essa última acção de Filipe Nyusi gerou reações ainda mais violentas. O Comitê Central rejeitou a lista e já se especula sobre a possibilidade de acções preparatórias para destituir o Presidente, o que, segundo os estatutos, é possível com o apoio de 75% dos 250 membros. No entanto, apesar de ganhar força externamente, essa via parece pouco provável no momento. As discussões continuam com posições extremadas, aumentando a incerteza sobre o desfecho dessa crise política. (CanalMoz)