ANALISTAS DISCORDAM DE PROIBIÇÃO A VENÂNCIO MONDLANE NA RENAMO

Os analistas Ricardo Raboco e Luís Nhachote afirmam que não há impedimento para que Venâncio Mondlane continue a utilizar os símbolos, roupas e espaços da Renamo, desde que ainda esteja vinculado ao partido. Eles consideram que a proibição imposta a Mondlane é uma tentativa de evitar o debate sobre a renovação geracional dentro dos partidos políticos.

Segundo Ricardo Raboco, o uso da marca Renamo por Venâncio Mondlane não é o problema central. Ele aponta para um "medo mútuo" entre a Renamo e Mondlane. Por um lado, Mondlane receia renunciar à qualidade de membro, motivo pelo qual ainda não se desvinculou do partido. "Se ele realmente quisesse sair, já teria feito isso quando suas possibilidades de participar no congresso foram bloqueadas," disse Raboco.

Por outro lado, Raboco critica a Renamo por não corresponder às expectativas de seus apoiantes e simpatizantes. Ele afirma que, em vez de promover uma reconciliação interna e modernizar sua estrutura, a Renamo reforçou uma pequena elite do partido que atacou publicamente figuras vistas como detratoras. "Expulsar Venâncio Mondlane seria o mesmo que cavar a sua própria sepultura," alertou.

Raboco prevê que, a curto prazo, as ameaças de levar Mondlane aos tribunais não terão efeito, pois ele ainda é membro do partido.

Luís Nhachote complementa que o verdadeiro foco deveria ser a renovação geracional. Ele observa que "a Renamo está mais preocupada em proteger seu líder do que em promover mudanças internas necessárias."(O país)

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