No Dia Internacional do Trabalhador, Adriano Novunga, em uma carta aberta ao Bispo Anglicano Dom Carlos Matsinhe, Presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), expressa sua profunda indignação diante da fraude eleitoral promovida pela CNE sob sua liderança. Novunga argumenta que essa prática não apenas viola a dignidade dos trabalhadores, mas também prejudica o desenvolvimento democrático e socioeconômico de Moçambique.
Ele destaca a conexão entre fraude eleitoral e corrupção, apontando que a manipulação do processo eleitoral frequentemente envolve o uso ilegal de recursos públicos para beneficiar o partido no poder. Ao permitir e apoiar tais práticas, a CNE contribui para a perpetuação da corrupção, minando os valores democráticos e prejudicando os interesses dos trabalhadores e suas famílias.
Novunga enfatiza que a fraude eleitoral é uma grave violação dos direitos humanos fundamentais e um ataque direto aos princípios democráticos. Ao distorcer os resultados das eleições, a CNE priva os cidadãos moçambicanos de seu direito fundamental à participação política e à livre escolha de seus representantes, minando a confiança no processo democrático e na legitimidade das instituições governamentais.
Ele menciona o trágico incidente em Namicopo, Nampula, onde trabalhadores informais foram mortos pela polícia enquanto exigiam justiça eleitoral, como um exemplo das terríveis consequências da fraude eleitoral. Novunga conclama o Bispo Matsinhe a reconhecer a gravidade dessas violações dos direitos humanos e tomar medidas imediatas para restaurar a integridade do processo eleitoral em Moçambique, afirmando que os trabalhadores merecem um sistema político justo e transparente.