Um grupo de cidadãos liderados pela activista de direitos humanos Quitéria Guirengane e pelo jornalista e activista social Clemente Carlos anunciou uma manifestação pacífica para 18 de maio em resposta ao controverso aumento das tarifas de internet pelo Instituto Nacional das Comunicações de Moçambique (INCM).
Em um vídeo divulgado em sua página do Facebook, os organizadores convocaram os cidadãos a marcharem até ao INCM para apresentar uma petição contra o alto custo das taxas de internet. Eles argumentam que o aumento está tendo um impacto catastrófico na vida dos usuários, especialmente estudantes, canais de informação e comunicação, e influenciadores digitais.
Quitéria Guirengane e Clemente Carlos afirmam que a manifestação será uma demonstração de repúdio ao Governo pelo que consideram ser uma injustiça social imposta aos moçambicanos.
Em resposta às críticas, o Presidente do Conselho de Administração do INCM, Tuaha Mote, negou um aumento nas tarifas, explicando que apenas foram eliminados os pacotes ilimitados para evitar o colapso do sistema de telecomunicações no país.
“Nós limitamos os preços dos pacotes ilimitados porque esses pacotes é que ditaram a entrada em vigor da intervenção do regulador. Se nós tivéssemos deixado continuar, o mercado haveria de colapsar e ficávamos apenas com uma operadora. Nós fizemos cirurgia ao dedo para não cortar o braço”, justificou Mote.